**"Erro de usar antigas estruturas para avaliar novas coisas — Interação com @Rocky_Bitcoin sobre o $CRCL"** Gosto muito e também acho necessário ouvir diferentes opiniões sobre o CRCL. Aprendi bastante com algumas dessas ideias, mas há certos pontos que precisam ser discutidos e esclarecidos. Entre os pontos levantados pelo Professor Rocky, como o sistema bancário que "seria drenado", isso pode de fato ocorrer objetivamente no caso de os volumes de stablecoins alcançarem trilhões de dólares ou até dezenas de trilhões. Contudo, o raciocínio e a lógica subsequentes estão equivocados. Isso ocorre porque foi assumido um pressuposto errado: que a captação de depósitos e os lucros com a diferença de taxas são o aspecto mais importante do sistema monetário dos Estados Unidos. Essa era a realidade no passado, não é mais agora e muito menos será no futuro. Para os EUA, não se trata de "priorizar os lucros bancários", mas sim de garantir que os títulos da dívida pública (Treasuries) sejam absorvidos globalmente, que o dólar continue sendo a principal moeda de referência e liquidação mundial e que haja estabilidade financeira interna. Compreender os pressupostos estratégicos nacionais dos EUA é crucial! Voltando aos detalhes, considere os seguintes aspectos: 1. **É altamente provável que o CIRCLE entre diretamente no sistema de compensação bancário.** Inferir que as falhas anteriores em obter aprovação signifiquem que inevitavelmente falhará no futuro é um erro, pois não leva em conta as mudanças no ambiente externo. Segundo minha pesquisa, é possível que a aprovação ocorra já em 2026. Contudo, é provável que essa aprovação não venha na forma de uma licença bancária tradicional, mas sim como uma estrutura mais clara baseada na legislação de stablecoins, que concederá ao CRCL um canal direto com o banco central, tratando-o como um "frontend controlado para dólares na blockchain" — algo que já está bastante claro. 2. **A ideia de que os 100 dólares que entram no USDC e compram títulos do Tesouro "morrem" está errada.** No passado, os bancos eram o intermediário, captavam depósitos e os emprestavam. Agora, o papel de intermediário passa ao Tesouro. Antes eram entidades privadas, agora é o governo. O dinheiro continua fluindo, mas os protagonistas mudaram. Se os bancos não conseguem lucrar, podem simplesmente fechar. Isso não é uma questão crítica para os EUA, o dólar ou os títulos da dívida pública. 3. **Sobre "stablecoins drenarem depósitos → colapso do multiplicador monetário → falha no controle do banco central":** Não há "morte dos fundos dentro de stablecoins", mas sim uma transferência para ativos de reserva que entram diretamente em T-bills ou RRP (Reverse Repo Program) — ativos oficiais. Todo esse processo permanece dentro do sistema monetário em dólar, mas desloca-se do lado dos bancos comerciais para o lado do banco central/Tesouro. Desde 2008, o modelo de política monetária dos EUA passou de um formato clássico de "taxa de reservas fixas × multiplicador" para um modelo baseado em "reservas excedentes + IOER (juros sobre reservas excedentes) + RRP", com um corredor de taxas de juros. O multiplicador monetário já deixou de ser um instrumento único e central de controle. O banco central ainda pode ajustar o rendimento dos ativos de curto prazo em dólar por meio das taxas de juros de curto prazo, RRP e ferramentas regulatórias. 4. **Sobre "stablecoins ameaçarem os negócios bancários → bancos + banco central irão reprimi-las":** É verdade que os bancos não estão satisfeitos, pois estão perdendo depósitos e as taxas de serviço estão diminuindo. Contudo, no advento de uma nova era, não há sentido em lamentar as perdas do passado. Quando o comércio eletrônico surgiu, as lojas físicas não conseguiram reverter a mudança; ou se adaptaram ou foram eliminadas. Agora, o CRCL está desenvolvendo o USDCX, um stablecoin com conformidade bancária e privacidade, que oferece aos bancos uma oportunidade de transformação. Em nível nacional, os EUA nunca "protegem velhos modelos de negócios de um setor específico". Para os EUA, o objetivo é "manter o domínio do dólar e garantir a capacidade de financiar a dívida pública". Os bancos podem buscar compensações via regulação, mas é pouco provável que consigam eliminar um novo concorrente e retornar ao status quo antigo. 5. **Sobre "USDC ameaçar a soberania do sistema moderno do dólar":** Este argumento contradiz completamente a lógica estratégica dos EUA já discutida anteriormente. Além disso, do ponto de vista prático, sabemos que, a menos que os responsáveis nos EUA sejam extremamente incompetentes, não iriam criar leis específicas para stablecoins nem permitir que gigantes financeiros como BlackRock firmem parcerias exclusivas de longo prazo com o CRCL. Caso contrário, já teriam bloqueado essa iniciativa desde o início. Stablecoins conformes às regulamentações são, na essência, uma "segunda curva do dólar e dos títulos da dívida pública dos EUA". São ferramentas inovadoras no arsenal do império americano, e não inimigos externos. 6. **Sobre "alto risco político e limites de crescimento, tornando inviável uma aposta otimista":** O argumento original assume que, caso o tamanho do USDC alcance entre 5% e 10% do M2, haverá maior regulação. Este ponto já foi discutido acima. Contudo, mesmo adotando uma visão pessimista, o pior cenário seria o USDC representar 10% do M2, o que equivale a 2 trilhões de dólares. Atualmente, o USDC é de 78 bilhões de dólares. Em relação ao $CRCL, minha visão é simples: enquanto este ativo superar significativamente o desempenho do Bitcoin nos próximos anos sem aumentar os riscos de forma evidente, será uma boa oportunidade de investimento. Quanto ao que fazer depois que o valor crescer várias vezes, seja continuando a manter ou esperando até que os stablecoins alcancem volumes entre 3 e 5 trilhões de dólares, isso deixará de ser uma questão que exija reflexão profunda. Agradeço ao Professor @Rocky_Bitcoin por compartilhar análises tão detalhadas. Minhas opiniões podem não estar certas, mas são apenas um ponto de partida para conversar!

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